PADRÃO DE PIT MONSTER
INTRODUÇÃO
O CONCEITO DOS CÃES COM DENOMINAÇÃO “PIT MONSTER” SÃO DIFERENCIADOS DE OUTROS CÃES COM O CONCEITO MONSTER POR NÃO ACEITAR EM SUA ÁRVORE GENEALÓGICA INSERÇÕES DE QUALQUER OUTRA RAÇA QUE NÃO TENHA BASE DENTRO DOS PADRÕES PIT MONSTER, SELECIONADAS POR CRIADORES HÁ MAIS DE UMA DÉCADA.
EXEMPLO DE INSERÇÕES NÃO ACEITAS: BULLDOGS, CANE CORSO, BOERBEL, MASTIFF, FILA, DENTRE OUTROS.
A PARTIR DE 2019, HOUVE A REUNIÃO DE UM GRUPO DE CRIADORES BRASILEIROS EXPERIENTES COM INTERESSE COMUM EM PADRONIZAR O PIT MONSTER, NÃO ACEITANDO A INSERÇÕES DE RAÇAS QUE NÃO DA PRÓPRIA BASE PIT MONSTER, INCENTIVANDO A FUNDAÇÃO DA AIC – ASSOCIAÇÃO INTERCONTINENTAL DE CINOFILIA, QUE ACEITA:
BASE PIT MONSTER DA AIC:
PIT MONSTER X AM BULLY (NÃO EXÓTICO)
PIT MONSTER X APBT (MODERNO)
PIT MONSTER X PIT MONSTER
APBT (MODERNO) X AM BULLY (NÃO EXÓTICO)
RAÇA: PADRÃO DE PIT MONSTER
OBJETIVO:
Este padrão de características dos cães Pit Monster serve de guia para juízes e criadores responsáveis e comprometidos com uma criação de qualidade, que buscam a perfeição, a saúde animal e padronização do conceito Pit Monster, que devem sempre prevalecer se comparado com força, massa ou beleza.
CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS:
São cães com temperamento, dócil, alegre e brincalhão com personalidade forte, expressivos e inteligentes com temperamento equilibrado, seguro de si mesmo, fiel, obediente e podem vir a fazer guarda devido ao temperamento de proteção.
CONDIÇÕES DE SAÚDE:
As condições de saúde devem ser priorizadas pelos criadores responsáveis e avaliadas subjetivamente pela condição corporal, idade, aparência física, grau de atividade, comportamento, higiene e salubridade de acordo como padrões da sua raça. Apresentar boa respiração, sem alterações patológicas, boa movimentação, pêlo saudável e brilhante. Alterações com interferência na saúde do cão ou que comprometa a sua integridade física sempre serão considerados faltas.
CARACTERÍSTICAS FISÍCAS: (Fenótipo)
São cães de estrutura óssea e muscular pesadas, compactos e estruturados.
CABEÇA: Grande, imponente, expressiva, musculosa, preferencialmente em formato triangular, de cuia ou em forma de coração. Não sendo aceito cães com cabeça braquicefálica, tipo crânio de buldogue.
CRÂNIO: Deve ser largo, anguloso, potente e grande com medidas de circunferência de no mínimo 10% acima da altura da cernelha para machos adultos e no mínimo 5% acima da altura da cernelha para femêas adultas, no geral.
Devem ter masseteres proeminentes e salientes com mandíbulas fortes e pesadas (Arco zigomático), apresentar visível “Stop” (Encontro dos ossos frontais com os nasais ou encontro da testa com a linha superior do focinho formando o “stop” na parte alta) linear entre fuço e testa, aceito com leve ascendência para a testa, a testa deve apresentar musculatura com saliências laterais musculosas (Crista parietal).
FUÇO: Apresentar base de fuço largo, podendo afunilar ou não em direção ao nariz em formato de cuia.
O cumprimento do fuço deve ser de tamanho médio, não podendo ser excessivamente curto com aspecto “abulldogado”.
TRUFA: Em formato triangular ou coração, aceito nas colorações Black, Blue ou Red.
OLHOS: Com inserção frontal, olhar profundo, pálpebras adelgaçadas em formato redondo ou levemente amendoados.
CORES DOS OLHOS: Todas as tonalidades são aceitas desde que sejam homogêneos e sem alterações patológicas.
ORELHA: São de tamanho grande ou médio, preferencialmente em formato de rosa, sendo aceitas pesadas e caídas em forma de V.
LÁBIOS: Devem ser firmes e secos.
DENTIÇÃO: Deve ser completa com (I) Incisivos, (C) Caninos, (P) Pré-molares e (M) Molares, incluindo os P4, preferencialmente com P1.
ARTICULAÇÃO DENTÁRIA: A Articulação entre P4 e M1 serve de referência para a avaliação da Mordedura correta.
MORDEDURA: Apresentar mordedura em tesoura sendo aceito em torquês.
PESCOÇO: Forte, largo e grosso com cupim evidente, definido, enxuto sem barbelas e musculoso, semelhante ao pescoço de touro. Devendo apresentar variações de tamanho de no mínimo de 5% ou mais da circunferência do crânio.
A região cervical com base moderadamente mais grossa entre os ombros afinando até a base do crânio (cristal nucal ou occipital).
CORPO: Com constituição física de estrutura óssea pesada e musculatura densa com bom aprumos (braços e cotovelos bem apoiados na caixa torácica). Corpo com boa proporção entre anterior e posterior.
OSSATURA: Devem apresentar estrutura óssea pesada, grossa e forte.
MUSCULATURA: Devem apresentar estrutura muscular fibrada com hipertrofia exposta nos ombros e traseira.
DORSO: A linha de dorso (região torácica ou dorsal) deve ser musculosa e retilínea unindo-se a garupa, linha dorsal levemente descendente à garupa é aceitável.
OMBROS: A escápula desce em direção a ponta do esterno, formando um ângulo reto horizontal, a parte superior da escápula ou coroa da escápula corresponde a cernelha (separa pescoço e corpo). A parte inferior forma o Ângulo Escápulo-umeral com poucas variações.
DIANTEIRA: Com frente ampla, forte e musculosa.
PEITO: Região da ponta do osso esterno até a base do pescoço, corresponde ao arco entre a parte inferior do tórax, devendo apresentar boa profundidade, ser largo e musculatura em evidência.
POSTERIORES: Devem apresentar parte posterior forte, musculosa, larga com boa angulação e posicionamento correto do tendão do gastrocnêmio ou de Aquiles evitando alterações na junta do jarrete (junta do tarso com metatarso).
GARUPA OU PELVE: A garupa é estruturada pelo músculo coxal, se estende da região lombar até a cauda; sua angulação é determinada pela articulação sacroilíaca. Assim, quando o ílio é mais alongado, a garupa pode pouco mais angulada; já quando encurtado, ela é mais plana.
ARTICULAÇÃO COXO FEMORAL: União da coxa com a garupa, determinante para a marcha / movimentação do animal. O ângulo da articulação deve média de 90° ou mais com algumas variações.
JARRETE: O Jarrete angula-se com a perna traseira, formando um ângulo de conformidade variável com a construção da garupa e o seu próprio comprimento.
MUNHECA: A munheca (junção do carpo com metacarpo) deve apresentar bom ângulo por ser responsável pela absorção de impactos, compõe a coluna, dá sustentação e flexão. Possui uma saliência posterior chamado boleto com função de impedir a verticalidade.
PATAS: As patas devem ser proporcional ao tamanho e peso do animal, com pisada firme, munheca correta com poucas variações, livre de “achinelamento” ou “afrancesamento”.
PÉS: Dever ter as almofadas bem apoiados no chão.
CAUDA: De tamanho mediano, trata-se da última porção da coluna vertebral, composta por vértebras coccígeas e músculos chegando no máximo até a linha de jarrete, com base grossa e afunilando na ponta, integra, está inserida na garupa.
Quando em posição de alerta, deve ser elevada na vertical, nunca enrolada ou anzolada.
MARCHA: Está relacionada com a estrutura do cão, deve ter harmonia e equilíbrio entre as angulações dos membros torácicos e pélvicos com encaixe apropriado dos ossos e bons músculos para sua sustentação. Deve ser proporcional ao tamanho do cão.
PELAGEM: O conjunto dos pelos é dividido em: principal ou externo e secundário ou subpelo. O pelo principal liso, curto, brilhante e assentado.
COR DA PELAGEM: São aceitos todas as tonalidades em cores sólidas ou mistas.
TAMANHO:
As seleções genéticas realizadas por criadores de renome nacional geraram o tamanho abaixo discriminado:
ALTURA (CERNELHA)
Apresentam preferencialmente altura a partir de 54 cm até 62cm para machos adultos e a partir de 50 cm até 58cm para femêas adultas com corpo proporcional a cernelha com aspecto de caixote quadrado ou levemente alongado, a frente deve ser ampla e paralela com ossos fortes e grossos com estrutura pesada.
PESO
Apresentando peso ideal mínimo de 50 kg para machos adultos e 45 kg para femêas adultas, preferencialmente independente do peso deve-se priorizar harmonia.
FALTAS DESQUALIFICANTES:
COMPORTAMENTAIS: É considerado falta grave cães com temperamento assustado ou medroso; aconselha serem excluídos da reprodução cães com desvio temperamento (agressividade com humanos).
CORPO: Cães que não apresentem musculatura corporal forte sofrerão falta (Devem apresentar musculatura nos ombros, traseira e pescoço).
BARBELAS: Cães com excesso de barbelas sofrerão falta.
CRÂNIO: Cães com aspecto abulldogado sofrerão faltas graves; adultos com excesso de couro sofrerão faltas leves
STOP: Cães com stop alto semelhante a buldogue sofrerão faltas.
FUÇO: Quando excessivamente curto com aspecto “abulldogado” sofrerão faltas.
TRUFA: É considerado falta a despigmentação e devem ser excluídos da reprodução cães com nariz tripartido.
OLHOS: Olhos com vermelhidão, pálpebras caídas ou cegueiras sofrerão faltas, conforme a intensidade aconselha-se a excluir de reprodução.
ORELHAS: É considerado falta leve orelhas em pé.
OUVIDO: A surdez é considerado falta grave.
MORDEDURA: São considerados faltas médias: mínimo de prognatismo/retrognatismo ou Má Oclusão. Faltas graves: visível excesso de Prognatismo Maxilar (Retrognatismo Inferior), Prognatismo Mandibular e Torções Mandibulares.
Considerado falta leve a ausência de P1, falta média ausência de P4.
LÁBIOS: Lábios com excesso de comissuras ou lábio leporino (fissura labial) e/ou Fenda palatina sofrerão faltas.
POSTERIOR: É considerado falta cães que não apresentem musculaturas nos Posteriores ou musculatura fraca, articulação reta (jarrete de porco); ou ainda cães que apresentam excesso de angulação, como se estivessem encostando uma na outra (jarrete de vaca).
CAUDA: É considerado falta a cauda cortada, excessivamente curta, rabo em nó (parafuso).
LINHA DE DORSO: É considerado falta a linha de dorso que apresente garupa (como meia lua ou meia lua invertida).
MUNHECAS com defeitos podem sofrer faltas:
Cães com leve “achinelamento” sofrerão faltas médias.
Cães com “mão francesa” leve sofrerão faltas graves.
Cães com afrancesamento e achinelamento acentuado é aconselhado retirar de reprodução.
MARCHA: Alterações graves na marcha sofrerão faltas.
APARELHO REPRODUTOR: Considerado falta grave cães com criptodismo ( Mono ou Bilateral), aconselhado retirar de reprodução.
OBS: DEVE-SE EVITAR A CRIAÇÃO E REPRODUÇÃO DE CÃES COM PROGNÁTISCO MAXILAR OU MANDIBULAR (RETROGUINATAS) E BRAQUICEFÁLICOS EM EXCESSO, SOFRENDO FALTA GRAVE EM ENCONTRO E MATCH.
Padrão Pit Monster: Elaborado por Robson Santos com suporte de Administradores, Associados, Veterinário – Responsável Técnico pelas raças Monster e Criadores credenciados da AIC – Associação Intercontinental de Cinofilia baseados na criação nacional com trabalho de mais de duas décadas dos criadores antigos e considerando as importações realizadas pelos canis: Westh, Schefferpit, Monster World, Lion’s Pit, Kadosh, Bomberbull, Twobros, USBF, entre outros, que foram inclusos e fazem parte da genética atual dos PIT MONSTER AIC.
* Alguns quesitos poderão ser modificados de acordo com nova formação de raça e seleção de criadores que trabalham dentro dos padrões da AIC em prol do desenvolvimento da mesma.
Vedado reproduções, cópias ou alterações sem autorização da AIC.
* * Cães com inserção de outras raças não cotadas no padrão Pit Monster são registrados como Brazilian Pit Monster.